Hérnias da parede abdominal: por que não esperar pela urgência

CVE • 22 de julho de 2025

As hérnias da parede abdominal — como as inguinais, umbilicais, epigástricas, lombares e femorais — são condições comuns que ocorrem quando parte de um órgão interno, geralmente o intestino, protrui por um ponto enfraquecido da musculatura abdominal.

Apesar de muitas vezes parecerem inofensivas em um primeiro momento, essas hérnias podem evoluir para quadros graves se não forem tratadas adequadamente.




Qual a frequência dessas hérnias na população?


As hérnias abdominais são bastante frequentes:


  • Hérnia inguinal: é a mais comum, representando cerca de 75% de todas as hérnias. Estima-se que até 27% dos homens e 3% das mulheres desenvolverão uma hérnia inguinal ao longo da vida.
  • Hérnia umbilical: mais frequente em mulheres e em pessoas com sobrepeso ou após gestações múltiplas.
  • Hérnia epigástrica: ocorre entre o umbigo e o esterno e acomete cerca de 1 a 3% da população.
  • Hérnia femoral: mais rara, porém com maior risco de complicações, especialmente em mulheres.
  • Hérnia lombar: é a menos frequente, mas pode surgir após cirurgias na região ou em pessoas com fraqueza muscular localizada.


Em geral, as hérnias afetam milhões de pessoas em todo o mundo, com uma incidência que aumenta com a idade, obesidade e história prévia de cirurgias abdominais.



Cirurgia eletiva vs. cirurgia de urgência: por que operar antes?


O tratamento definitivo da hérnia é cirúrgico. No entanto, muitos pacientes adiam a cirurgia por medo, falta de sintomas intensos ou por acreditarem que o problema não é sério.

Essa decisão pode trazer riscos significativos.




ASPECTO Cirurgia eletiva Cirurgia de urgência
Planejamento Programada, com avaliação pré-operatória Realizada às pressas, sem tempo para preparo ideal
Risco cirúrgico Menor Maior, especialmente em idosos ou com comorbidades
Tipo de anestesia Escolhida conforme perfil do paciente Muitas vezes geral, devido à gravidade
Tempo de internação Curto (alta geralmente no mesmo dia ou dia seguinte) Mais longo, com possibilidade de UTI
Complicações pós-operatórias Baixas Mais frequentes: infecção, dor crônica, recidiva
Recuperação Mais rápida e previsível Lenta e com mais limitações



Em casos de estrangulamento (quando o intestino fica preso e perde a irrigação sanguínea), pode ser necessário retirar parte do intestino, o que aumenta o risco de complicações e mortalidade.


O que isso significa na prática?


A cirurgia eletiva de hérnia é geralmente simples, segura e eficaz, com retorno rápido às atividades e baixos índices de complicação.


Já a cirurgia de urgência é um cenário completamente diferente — envolve mais riscos, maior sofrimento e resultados menos previsíveis.


Por isso, não espere pelo pior. Se você recebeu o diagnóstico de uma hérnia, converse com seu médico sobre o melhor momento para fazer a cirurgia e evite a urgência.


Conclusão:


Cuidar de uma hérnia a tempo é mais do que prevenir uma emergência: é escolher um caminho mais seguro, com mais qualidade de vida e menos riscos. Informação e ação são os melhores aliados da sua saúde.


Se você está nessa jornada, lembre-se: você não está sozinho. O caminho pode ser desafiador, mas com o suporte certo, ele pode ser mais leve, sustentável e transformador.


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Com carinho,


Dr Cláudio Holanda Maciel


CRM: 55247 RQE: 42433 / 42434



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